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quarta-feira, 25 de junho de 2008

1 Por Amor 2 Por Dinheiro




Racionais´MC que me perdoe o plágio titular, mas, nada melhor que esse título para dar continuidade ao tal fetichismo de mercadoria, afinal na selva de pedras contemporânea é assim, você vale o que tem.
E o que você tem? Nada!? Nada mesmo, nem celular Dolce Gabana? Não tem tênis da Nike? Tá, pelo menos uma bolsa Puma você tem, né? NÃO!!
Nossa que lixo hein!
A sinto lhe dizer você não tem valor, não no séc. XXI onde o capeta-capital entrou na mente de milhares de seres-humanos e abduziram todo o valor próprio e humanista, restando a estes atribuírem valores apenas à Shopping Centers, boutiques, feiras de utilidades domésticas, automóveis, moda, sapato, couro, tecidos, lançamentos diários de novos produtos, nossa cansei!
Muitos estudiosos da escola de Frankfurt já previam esta sociedade pós-industrial, na qual as mudanças não atingiriam somente a economia do país, mas, causariam uma grande mutação na cultura e nos valores da massa. E quem é quem é a massa? Nós consumidores, nós que decidimos o que vamos ou não comprar. Mas saiba que ainda hoje uma persistente idéia atormenta minha mente, será que somos nós que escolhemos o que vamos comprar ou são os padrões já definidos por não sei quem, que já entram em nossa mente quase como uma hipnose dizendo “COMPRE BATOM, COMPRE BATOM”?
E essas palavras ecoam em meu cérebro “Seja igual a Gisele use e abuse da nova coleção de óculos DIOR, DIOR, DIOR”, ‘Se você não tem corre para comprar o seu, corre e compre e compre”, o seu PROZAC! É isso aí as vendas do medicamento aumentaram em 43 % nos últimos três anos. Não posso afirmar com base em pesquisas científicas que isto está ligada ao aumento desenfreado de consumo de mercadorias banais que falam por si só, que se auto-vendem, auto-fabricam e auto-auto.
Pense os trabalhadores ao produzirem produtos em grande escala para o acumulo de capital, produzem também em grandes proporções, os meios que fazem deles, relativamente uma população supérflua. O trabalhador não tem a mesma participação na produção, e muito menos nos lucros, a linha de produção de montagem e a industrialização acabou com a valorização do trabalhador e atribuiu valor ao próprio objeto fabricado.
A teoria marxista da Mais – Valia, diz que: o valor de um objeto é determinado pelo tempo de trabalho necessário para produzi-lo, o trabalhador recebe uma parte de seu trabalho em forma de salário, sendo chamado de “mais-valia” a diferença do valor total que produziu e o salário que recebeu, a diferença do valor total vai para o patrão sendo este formada pelo lucro, juros e renda. O dinheiro ou salário serve para capacitar e estimular o trabalhador a continuar produzindo.
É uma idéia justa que não vejo acontecer, pode ser porque é teoria e na teoria até promessa de político funciona. Vejo que não tem fim, a cada dia, mais e mais lojas de luxo, restaurantes caríssimos, boates chiquerrímas são introduzidas à sociedade consumista que os devora como devoramos um lanche do Mc Donald´s “Amo Muito Tudo Isso”, digo mais, este tal fetichismo está relacionado com os avanços científicos que desagregam valores humanos e religiosos e os introduziram em força, potência de motor, criações de novos, hardwares, softwares. Socorro “...pane no sistema alguém, me desconfigurou, aonde estão meus olhos de robô eu não sabia eu não tinha percebido eu sempre achei que era vivo...” (Admirável Chip Novo(Pitty))
Pois bem assim como um robô já nascemos programados a seguir o que chamamos de “cultura de massa” mas quer saber “Deu duro, TOME UM Dreher”.
E veja só antes Deus era conhecido como o criador do mundo digno de toda devoção, hoje Deus tem nome, sobrenome e uma conta gorda no banco, mansões e fazendas, hotéis e motéis e é claro uma grife com seu nome e sobrenome além de serem adorados, imortalizados e receberem uma fidelidade maior do que o próprio marido recebe.

LEMBRE-SE: NÃO SEJA MAIS UM PALHACINHO PARA O SISTEMA!!
SIGA NÃO SE ADAPTANDO!!
Por: Silvana Gotardi

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