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quinta-feira, 15 de maio de 2008

MAGNUM 60 ANOS


Após a segunda guerra mundial em 1947, Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David ´Chim´ Seymour, e George Rodger fundaram a agência Magnum de fotografia.
Estes quatro fotojornalistas exploraram o lado humanístico da imagem, revolucionando a linguagem e o procedimento fotográfico a ser apresentado. Não se importavam apenas com o dinheiro, mas sim com a crítica a ser feita através da imagem para os muitos acontecimentos caóticos do séc. XX, uma maneira de expressar o que de fato acontecia nas guerras, à fome, a miséria, a dor, o amor, a graciosidade das jovens, enfim eram livres para fazer suas fotografias expressando o que eles sentiam e enxergavam como “visão de mundo”.
Seus integrantes buscavam a essência da imagem, do momento, algo que relatasse que os seres-humanos que ali lutavam e ali estavam não eram seres inanimados, mas humanos de carne osso e sentimentos. Buscavam a beleza da fotografia dentro do cotidiano, fotografia informativa e artística, Fotojornalismo.
Dentro da Magnum estes consagrados fotógrafos mostraram ao mundo que a morte de um homem não era apenas “a morte de um homem” e sim o assassinato injusto e frio de um pai que em uma segunda-feira deu seu último abraço e disse o último “eu te amo filhota”, de um irmão que em uma terça-feira dividiu seu último pão com seu fiel companheiro, de um filho que acenou pela última vez a sua amada mãe prometendo voltar, pessoas com vida, história, passado e se não fosse à guerra que o capeta-capital criou teriam um futuro também.
O sucesso da agência não está atrelado somente ao passado, mas sim ao resultado de um trabalho que se manteve digno e segmentado ao longo dos anos. Os fotos jornalistas tinham a liberdade de escolher suas pautas e ter posse dos negativos. Muito respeitada e conhecida mundialmente a Magnum modificou a forma de fazer, revelar e ver fotografia.
Para comemorar seus 60 anos a agência traz pela primeira vez suas fotografias em uma exposição no Brasil, o curador João Kulcsár ficou responsável em selecionar as fotos que seriam exibidas, escolheu 50 entrem um milhão de imagens. Kulcsár optou por trazer as imagens que estão na mente de todos como a bela menina afegão que foi capa da revista “National Geographic” ou o jovem enfrentando uma interminável fileira de tanques na Praça da Paz Celestial. Além dos fundadores importantes nomes passaram pela Magnum inclusive do brasileiro Sebastião Salgado.

Lixo espacial, rodeado por mil borboletas. Jonas Bendiksen, Rusia, 2000.


Co-fundador, Henri Cartier-Bresson, “Magnum é uma comunidade de pensamento, que mpartilha uma qualidade humana, a curiosidade sobre o que está acontecendo no mundo, um respeito pelo que está acontecendo e o desejo de transcrever tudo isso visualmente. Por isso o grupo sobreviveu. É justamente isso que nos mantém unidos.“




Por: Silvana Gotardi

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